Por Folha do Estado
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Cinco aeroportos de Mato Grosso serão inclusos – à pedido do chefe do Executivo estadual, o tucano Pedro Taques -, no Programa Nacional de Desestatização. Está entre eles o Marechal Rondon e outros em Sinop, Alta Floresta, Barra do Garças e Rondonópolis. Ou seja, em leilões que devem ocorrer ainda este ano, as concessões passarão para as mãos da iniciativa privada. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (03) pelo Secretário Nacional de Aviação Civil, Dario Lopes. A concessão das unidades prevê investimentos bilionários em Mato Grosso.
De acordo com Taques, a inclusão do aeroportos é, na verdade, não só uma vitória para o Estado, mas antes para os passageiros dos voos, que terão assegurado uma melhor qualidade de serviços prestados e mais tranquilidade. Lembrando que segundo estudos da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), aeroportos que possuem grande potencial de crescimento, podem ser melhor explorados caso os projetos de estruturação sejam modelados, formatados e executados em conjunto com o Marechal Rondon.
Na nova rodada de concessões, ainda sem data marcada, pela primeira vez na história Mato Grosso deve protagonizar a oferta de um modelo inédito de parceria, potencializando o desenvolvimento dos municípios.
No pedido encaminhado ao ministro dos Transportes Maurício Quintela, a qual a Secretaria de Aviação Civil é vinculada, o governador solicitou e o governo federal aceitou a inclusão do Marechal Rondon e dos quatro aeroportos regionais no Programa Nacional de Desestatização (PND).
“Vamos inaugurar em Mato Grosso uma nova e moderna modelagem para aeroportos, que está sendo construída em parceria com a SAC. O aeroporto superavitário, no caso o Marechal Rondon, poderá subsidiar os quatro aeroportos regionais menores, de modo que todos funcionem com padrão de excelência”, disse o secretário da Sinfra, Marcelo Duarte. Na prática, a empresa vencedora, que poderá ser estrangeira, destinaria o valor da outorga não mais para União, mas sim para investimentos nos regionais.
A nova rodada de concessões para iniciativa privada proposta pelo presidente Michel Temer tem atraído investidores estrangeiros. Mais precisamente empresas europeias, gigantes do setor aeroportuário.
As concessões dos aeroportos de Fortaleza e Porto Alegre foram vencidas pela alemã Fraport; o de Salvador ficou a francesa Vinci; e o de Florianópolis com a suíça Zurich. Uma das justificativas para essa mudança de perfil das empresas foi a saída da Infraero como sócia obrigatória (49%) nestes casos das concessões. Com essas concessões o governo federal prevê investimentos entre R$ 1,9 bilhão e R$ 2,40 bilhões.